sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

reencontrando...(me)















A Felicidade do Caminho

Faz dias tenho palavras e mais palavras a sobrevoar minhas possibilidades poéticas e prosaicas... mas me contenho, pra não bagunçar ainda mais a bagunça que eu mesmo estava a fazer. Tenho experimentado o prazer de me conhecer e me reconhecer, apaixonado, vivo na paixão pelo mundo em mim mesmo o arder deste desejo instigante de uma felicidade mais real que meus sonhos mais doces. A saudade parece me fermentar por estes dias, e fervo ao sol, nas horas que se estendem como roupas ao varal, e venta muito e não temo, abro os braços e abraço este mundo que é dentro e fora de mim ao mesmo tempo. Abraço com alegria toda a ventania e parece que sou varrido de mim mesmo e assim me reconheço nos meus eus que se esvoaçam, e me reciclo, como que descascando-me de antigas máscaras, agora inúteis, porque estou amando, amando de verdade, feliz por ser quem sou, me amando e me doando de verdade. Correndo contra o vento, a chuva e os relâmpagos a me fazer lembrar que aquilo é mais que real, aquilo é o que sou, vou deslizando na sopa de infinitos átomos enfrentando a turbulência como quem recebe uma dádiva, um encanto, uma possibilidade real de libertação, e continuo correndo, sentindo minhas pernas se fundirem com a paisagem dinâmica da tempestade que recicla toda porcaria da urbanidade... e todo meu lixo sentimental. Correr me faz voar e me libertar porque quando pulo entre as poças d'água no calçadão da praia em meio à chuva de verão sou todo emoção e sei que sou uma eterna e enérgica criança extremamente corajosa, audaciosa e feliz, apta às mais grandiosas realizações.

Uirá Felipe

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