segunda-feira, 26 de novembro de 2007

conjuntos e só de Alegria


















Sempre tive dificuldade pra chorar por tristezas, principalmente das grandes. Nunca fui de cultivar nem de conseguir lágrimas, mesmo nas horas mais conflitantes. Hoje percebo o porquê: não nasci para o choro, minhas lágrimas, que são muitas, são de emoção, de alegria, de entusiasmo, de renovação. Algumas vezes choro por coisas completamente bestas, que deveriam ser meras trivialidades cotidianas, mas que me emocionam abruptamente, como ver a cena de uma idosa pedir ajuda pra subir um ônibus e não conseguir, ou na cena de ver um lixeiro varrer um pombo ainda vivo pra dentro de uma lixeira, ou daquele programa na TV que mostra a indústria pesqueira subtraindo as riquezas do mar, exterminando seres encantados como baleias, golfinhos, tubarões e tantos outro peixes e cetáceos. Outro choro que me abate por vezes é o de uma noticia no jornal, não pelo fato noticiado, mas pela pobreza da noticia, da manipulação de informação, da hipocrisia estampada em letras garrafais. Esse choro é um choro de coragem pra enfrentar o que é difícil mudar, é um choro de vergonha por sentir-me fraco, mas é um choro que refortalece. O único choro que é genuinamente meu, é o choro da Alegria, do encanto, da contemplação, da felicidade física e mental em sintonia, dança entre razão e emoção.


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